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Homilia - 21/08/2022 - Solenidade da Assunção de Nossa Senhora

Neste Domingo, celebramos a Solenidade da Assunção de Nossa Senhora. No calendário litúrgico, esta festa está agendada para o dia 15 de agosto. No Brasil, por questões pastorais, considerou-se por bem transferi-la para o primeiro Domingo depois do dia 15 de agosto.

No contexto do Mês Vocacional, este Domingo é dedicado a orações pelas Vocações Religiosas. A vida consagrada a Deus — vida religiosa — é um modo de testemunhar o amor fraterno e os Conselhos Evangélicos de Pobreza, Castidade e Obediência, segundo o carisma que é próprio de cada congregação ou ordem religiosa.

Maria Santíssima, a Mãe de Jesus, é modelo de discípula consagrada por colocar sua vida totalmente à disposição do projeto divino na simplicidade e na disponibilidade do serviço. Esta disponibilidade a Deus e aos irmãos está descrita na primeira parte do Evangelho que acabamos de ouvir: depois de se oferecer ao serviço de Deus, acolhendo a proposta de ser Mãe de Jesus, se disponibiliza ao serviço fraterno, indo ajudar sua prima Isabel.

A vocação dos consagrados é uma vocação de serviço a Deus e aos irmãos. Como acontece em toda a Sagrada Escritura, Deus sempre chama — “vocaciona” — alguém não em vista de um privilégio particular ou para um prêmio pessoal, mas para o bem de todo o povo. Assim, na vocação de Maria se contempla a vocação de cada membro do povo. Como Maria foi escolhida por Deus para que seu Filho se encarnasse na humanidade em vista da vida plena, a Salvação, assim cada um de nós é chamado a participar desta vocação favorecendo a vida plena em nossa comunidade e sociedade.

O que estamos festejando, hoje, é um final feliz de uma história dramática – a história da vida de uma mulher que se chama Maria. Logo, no início de sua vida, Maria aceitou um desafio, o desafio de uma aventura. Ela assiste às horas pesadas e terríveis da missão de Jesus, primeiramente festejado pelo povo, depois perseguido pelo mesmo povo. Maria assiste ao fim trágico de seu filho na cruz. Maria assiste ao final de tudo, quando o Filho de Deus, seu próprio filho, aparece ressuscitado.

Esta caminhada de Maria está descrita no livro do Apocalipse. Fala de uma mulher, seu vestido era o sol. Ela já recebeu de Deus o prêmio da vitória, pois ela carrega uma coroa de doze estrelas. Quem é esta mulher? Ela representa o Povo de Deus, representa os seguidores de Jesus, São as pessoas, que, como Maria, fazem a vontade de Deus e seguem os ensinamentos de Jesus Cristo.

Esta é a nossa vida, uma luta entre o bem e o mal. Vivemos num mundo pecador, cheio de violência e maldade. Aliás, cada um de nós carrega dentro de si um pouco dessa mulher vitoriosa e também do dragão, do bem e do mal, de ternura e de violência. Todos nós temos que lutar contra o mal que está dentro de nós, o nosso egoísmo, a intolerância, a ganância, os preconceitos, a soberba.

O mal continua existindo no mundo; esse bicho de sete cabeças, o mal tem muitos nomes e muitas faces: injustiça, miséria, materialismo, violência, corrupção, abandono de doentes e idosos, guerra...

Esta é a nossa caminhada neste mundo e foi, também, a caminhada de Maria.

Mas, o centro de minha reflexão não é exatamente o céu, é o modo de vida que nos conduz ao céu. Como a gente chega ao céu? Esta é a pergunta que nós todos, primeiramente, devemos responder.

“Com minha Mãe estarei, na santa glória um dia, ao lado de Maria, no céu triunfarei”, assim cantamos. Mas, como chegar lá?

A Assunção de Maria foi o resultado da sua caminhada nesse mundo. No Evangelho, Maria é saudada pela sua prima como “bendita entre as mulheres”. Por que ela é “bendita”? Por causa de sua atitude de fé, porque ela "acreditou”, será cumprido o que o Senhor lhe prometeu. Se Maria não tivesse acreditado na mensagem do anjo, não tivesse dado seu “sim”, não tivesse feito o caminho de sua vida com Jesus, ela não teria participado da glória divina, em sua Assunção. Em outras palavras, a Assunção é uma consequência da fé nos planos de Deus. ‘Seja feita, na minha vida, a Vossa vontade!”.

Pela Assunção realiza-se aquilo que São Paulo dizia na primeira carta aos Coríntios: “Como em Adão todos morrem, assim também em Cristo todos reviverão”. Portanto, em Cristo todos podemos participar da glória divina, da mesma forma como Maria participa, em sua gloriosa Assunção aos Céus. Paulo explica que aqueles que vivem na fé, que vivem na intimidade com Cristo, são destinados a participar da glória divina. A mesma glória da qual, agora, participa Maria.

“Com minha Mãe estarei, na santa glória um dia, ao lado de Maria, no céu triunfarei”, assim cantamos. Mas, como chegar lá?

Frei Gunther Max Walzer

 

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