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Homilia - 04/12/2022 - Segundo Domingo do Advento

No domingo passado iniciamos o Tempo do Advento. Colocamos na nossa reflexão a importância da vigilância em nossa vida. Colocamos, igualmente, um questionamento: como será o encontro definitivo com o Senhor? Afirmamos que os dias e os costumes das pessoas são sempre os mesmos: casam-se, almoçam e jantam, brincam e se divertem, cantam e choram... nada de extraordinário acontece. É no comum da vida que damos passos ao encontro do Senhor que um dia virá. Cada dia é um passo ao encontro do Senhor. Importa que ele não seja um passo em falso. Daí a necessidade de estar sempre vigilante. Daí a necessidade de avaliar o modo como vivemos nossa vida.

Hoje, o Evangelho de São Mateus nos apresenta João Batista convidando-nos à conversão: « Arrependam-se dos seus pecados porque o Reino do Céu está perto!» (Mt 3,2).

A ele acudiam muitas pessoas querendo batizar-se e «confessando seus pecados» (Mt 3,6).

Quem é João Batista e qual é o significado de sua mensagem para nossas vidas?

João Batista é aquele que anunciou a vinda do Senhor. No entanto, ele é mais do que isso! João Batista é o último profeta do Antigo Testamento. É alguém que está chamando o povo a se arrepender de seus pecados e voltar para o Senhor.

João foi, portanto, o agente enviado para preparar o povo para a vinda iminente do Messias. Sua mensagem foi semelhante à mensagem dos profetas do Antigo Testamento que repreendeu o povo de Deus por sua infidelidade e tentou despertar neles o verdadeiro arrependimento.

O batismo de João foi para o arrependimento – afastando-se do pecado e assumindo um novo modo de vida de acordo com a palavra de Deus

Mas entre tanta gente que ouvia esta mensagem, João Batista põe o olhar em alguns em particular, os fariseus e saduceus, tão necessitados de conversão como obstinados em negar tal necessidade. A eles se dirigem as palavras do Batista: « Façam coisas que mostrem que vocês se arrependeram dos seus pecados.» (Mt 3,8).

O tempo de Advento é, definitivamente, «conversão que passa do coração às obras e, consequentemente, à vida inteira do cristão» (São João Paulo II).

A voz de João Batista continua ressoando no deserto dos nossos dias: «Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas» (Mt 3,3).

Assim como João Batista foi para seu tempo essa “voz que clama no deserto”, assim também somos convidados a sermos vozes que proclamem aos outros a esperança da vigilante espera: «Preparemos os caminhos, já se aproxima o Salvador e vamos, sendo peregrinos, indo ao encontro do Senhor. Vem, Senhor, liberar-nos, vem teu povo redimir; purifica nossas vidas e não demores em vir» (Hino de Advento da Liturgia das Horas).

Então, qual é a nossa missão?

Para nós, há a missão de prepararmos a nós e aos outros para a segunda vinda de Cristo. Há duas maneiras que surgem: quando morremos ou no fim do mundo. Essa é a nossa missão: preparar-nos e aos outros para esse momento.

O apelo premente lançado por João Batista aos que se apresentavam para serem batizados exigia ser acolhido no mais íntimo do coração. A preparação para acolher o Messias requeria dos crentes reformular seu modo de pensar e agir (metanoia), cujo sinal seria a predisposição a abandonar o caminho do mal e do pecado para trilhar o caminho do amor e da justiça.

O Reino não se faz esperar. Quem recusa a se converter, será deixado de fora. O Messias Jesus, porém, quer acolher a todos.

Frei Gunther Max Walzer

 

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